sexta-feira, maio 02, 2008

Morrer é preciso!

Estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas à ausência de vida. Isso é errado; existem outros tipos de morte e precisamos morrer todos os dias.

A morte não é mais do que uma passagem, uma transformação. Não existe planta sem a morte da semente; não existe embrião sem a morte do óvulo e do espermatozóide; não existe borboleta sem a morte da lagarta. A morte nada mais é do que o ponto de partida para o início de algo novo; a fronteira entre o passado e o futuro.

Se você quer ser um bom universitário, mate dentro de você o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente. Quer ser um bom profissional? Mate dentro de você o universitário descomprometido que acha que a vida se resume a estudar só o suficiente para fazer as provas

Quer ter um bom relacionamento? Mate dentro de você o jovem inseguro, ciumento, crítico, exigente, imaturo e egoísta ou o solteiro solto que pensa que pode fazer planos sozinho, sem ter que dividir espaços, projetos e tempo com mais ninguém. Quer ter boas amizades? Mate dentro de você a pessoa insatisfeita e descompromissada, que só pensa em si mesmo. Mate a vontade de tentar manipular as pessoas de acordo com a sua conveniência. Respeite seus amigos, colegas de trabalho e vizinhos.

Enfim, todo processo de evolução exige que matemos o nosso “eu” passado inferior. Qual é o risco de não agirmos assim? Está em tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo, perdendo o nosso foco, comprometendo a nossa produtividade e, por fim, prejudicando o nosso sucesso.

Muitas pessoas não evoluem porque se agarram ao que eram; não se projetam para o que serão ou desejam ser. Elas querem a nova etapa sem abrir mão da forma como pensavam ou agiam. Acabam se transformando em projetos inacabados, híbridos; adultos infantilizados. Às vezes, podemos até agir como meninos, mantendo as virtudes da criança que também são necessárias aos adultos tais como: brincadeira, sorriso fácil, vitalidade, criatividade, tolerância, etc., mas, se quisermos ser adultos, devemos matar as atitudes infantis para passarmos a agir como adultos.

Quer ser alguém (líder, profissional, pai ou mãe, cidadão ou cidadã, amigo ou amiga) melhor e evoluído? O que você precisa matar em si, ainda hoje, é o egoísmo, o egocentrismo para que possa nascer a pessoa que você tanto deseja ser. Pense nisso. Morra, mas não se esqueça de nascer melhor ainda. O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.

Artigo de Paulo Angelin

2 comentários:

SONHADOR disse...

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem".

Bjos.

Anónimo disse...

A morte é a única coisa certa que nós humanos temos como certo na vida.Mas de facto "Morrer é preciso!", porque senão morrermos a cada instante, ficamos agarrados ao passado,ou ao presente, por isso é importante morrer, mas a cada instante, para nos libertár-mos dos fardos de questões antigas,etc.Só morrendo, é que podemos renascer mais fortes, mais capazes de lidar o dia-a-dia,por isso é preciso morrer a cada momento para nos livrármos do eu antigo.E já agora a MORTE está ligada VIDA,e vie-versa, ao morrermos seremos capazes de nos renovar constantemente,é como um rio que nunca para de correr, mesmo, que ponham barragens , ele irá sempre correr.Resumindo o rio é Vida, e a Morte é o rio que numca para de deslizar,independemente de que o façam parar, a Morte é uma constante na Vida.E há que apreciar o significado da morte, não como término , mas como um começo ainda mais maduro, porque o tempo não para e morremos a cad instante.Bem é tudo .Cumprimentos