sexta-feira, agosto 29, 2008

o que salva o Amor

L.Barbosa conta a história de uma ilha onde viviam os principais sentimentos do homem: Alegria, Tristeza, Vaidade, Sabedoria, e Amor.
Um dia, a ilha começou a afundar no oceano; todos conseguiram alcançar seus barcos, menos o Amor.
Quando foi pedir a Riqueza que o salvasse, esta disse:- “Não posso, estou carregada de jóias e ouro”.
Dirigiu-se ao barco da Vaidade, que respondeu:- “Sinto muito, mas não quero sujar meu barco”.
O Amor correu para a Sabedoria, mas ela também recusou, dizendo:- “Quero estar sozinha, estou refletindo sobre a tragédia, e mais tarde vou escrever um livro sobre isto”.
O Amor começou a se afogar.
Quando estava quase morrendo, apareceu um barco – conduzido por um velho – que o terminou salvando.- “Obrigado” – disse, assim que se refez do susto.– “Mas quem é você”?
- “Sou o Tempo” – respondeu o velho.
Só o Tempo é capaz de salvar o Amor.
Paulo coelho

segunda-feira, agosto 25, 2008

o anel

"Um aluno chegou a seu professor com um problema:
- Venho aqui, professor, porque me sinto tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Dizem que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota. Como posso melhorar?O que posso fazer para que me valorizem mais.

O professor sem olhá-lo, disse:
- Sinto muito meu jóvem, mas agora não posso ajudá-lo, devo primeiro resolver o meu próprio problema. Talvez depois. E fazendo uma pausa falou:
- Se você me ajudar, eu posso resolver meu problema com mais rapidez e depois talvez possa ajudar você a resolver o seu.

- Claro, professor, gaguejou o jovem, mas se sentiu outra vez desvalorizado
O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno, deu ao garoto e disse:
- Monte no cavalo e vá até o mercado. Deve vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida.

É preciso que obtenha pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro. Vá e volte com a moeda o mais rápido possível.
O jovem pegou o anel e partiu. Mal chegou ao mercado começou a oferecer o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel.

Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saiam sem ao menos olhar para ele, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel.

Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas.

Depois de oferecer a jóia a todos que passavam pelo mercado e abatido pelo fracasso, montou no cavalo e voltou. O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel, assim livrando a preocupação de seu professor e assim podendo receber sua ajuda e conselhos.

Entrou na casa e disse: - Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.

Importante o que me disse meu jovem, contestou sorridente. Devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vender o anel e pergunte quanto ele te dá por ele. Mas não importa o quanto ele te ofereça, não o venda. Volte aqui com meu anel.

O jovem foi até ao joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O joalheiro examinou o anel com uma lupa, pesou o anel e disse:
- Diga ao seu professor que, se ele quer vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel.
- 58 MOEDAS DE OURO! Exclamou o jovem.
- Sim, replicou o joalheiro, eu sei que com tempo eu poderia oferecer cerca de 70 moedas, mas se a venda é urgente...

O jovem correu emocionado a casa do professor para contar o que correu.
- Senta, disse o professor e depois de ouvir tudo que o jovem lhe contou, disse:
- Você é como esse anel, uma jóia valiosa e única. Só pode ser avaliada por um especialista. Pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor?E dizendo isso voltou a colocar o anel no dedo.

Todos nós somos como esta jóia. Valiosos e únicos e andamos por todos os mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem.

Autor desconhecido

quinta-feira, agosto 21, 2008

Amizade

Quando te dói olhar para atrás e te dá medo olhar adiante, mira para a esquerda ou a direita e ali estarei, a teu lado.
Se algum dia passei por ti e não te sorri, esse foi o dia em que mais precisei de um sorriso teu.

Se um dia tiveres triste, fecha os olhos e sorri, pensa que a nossa amizade existe e que eu gosto muito de ti!

Ofereceram-me o mar, o céu, o sol, o vento, a vida eterna e eu recusei tudo isto porque já tenho o maior tesouro que existe na terra. A tua amizade

Ao alcançar o céu, retirei-lhe uma estrela. Ao alcançar o mar retirei-lhe uma gota. Ao alcançar a Terra, conquistei a tua amizade.

Amigos são anjos que nos deixam de pé quando nossas assas tem problemas em se lembrar como voar.
enviado por mail por um amigo

Explicação...

Um mestre contava sempre uma parábola no final de cada aula, mas os alunos nem sempre entendiam o seu sentido...
- Mestre – perguntou um deles, certo dia, – tu contas-nos contos, mas nunca nos explicas o que significam...
- As minhas desculpas - disse o mestre. - Como compensação, deixa-me que te ofereça um belo pêssego.
- Obrigado, mestre - disse o discípulo, comovido.
- Mais ainda: como prova do meu afecto, queria descascar-te o pêssego. Permites que o faça?
- Sim, muito obrigado – disse o discípulo.
- E, já que tenho a faca na mão, não gostarias que eu cortasse o pêssego em pedaços, para que te seja mais fácil comê-lo?
- Sim, mas não quero abusar da tua generosidade, mestre...
- Não é um abuso; sou eu que me estou a oferecer. Quero apenas agradar-te. Permite-me também que mastigue o pêssego antes de to oferecer...
- Não, mestre! Não gostaria que fizesses isso! - queixou-se o discípulo, surpreendido.
O mestre fez uma pausa e disse:- Se vos explicasse o sentido de cada conto, seria como dar-vos a comer fruta mastigada.
Jorge Bucay, Contos para pensar, Pergaminho (texto da contracapa)
postado no blog: http://joanadarq.blogs.sapo.pt/121373.html